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sábado, 16 de fevereiro de 2013

Use objetos, pessoas não.



Já dizia Carlos Drummond de Andrade: "Há livros escritos para evitar espaços vazios na estante."

Assim como nos livros da poesia de Drummond, na vida real também encontramos pessoas assim. Pessoas que usam outras pessoas como passatempo, adorno, e  para preencher seus espaços vazios.


Acredito que grande parte das causas sejam por fins de relacionamentos mal resolvidos. E é claro, também existe aquela porcentagem de pessoas que fazem isso porque são inescrupulosas. Mas, a questão é: Por que se envolver com outras pessoas antes de resolver e curar suas próprias feridas? 


A falta da maturidade, do respeito e da compreensão são uns dos fatores que colaboram para tais atitudes. Não aprendemos a ficar sozinhos. A solidão incomoda. As pessoas  têm a necessidade de mostrar que superaram, que estão por cima e que não estão mais só.


Entretanto, queremos acabar com o nosso sofrimento e acabamos machucando as pessoas que escolhemos para suprir essa carência. Não devemos pensar somente no que vai ser "bom" pra gente, devemos entender que estamos lidando e envolvendo outras pessoas, sendo assim, outros pensamentos, outros sentimentos.


Ninguém quer servir de tapa buracos. Ninguém quer preencher espaços vazios. Ninguém quer ser amado pela metade. Ninguém quer ser a segunda opção ou o plano B.

Não queremos um amor genérico. Um amor meia boca. Um amor para os dias de solidão. E francamente... ninguém merece um amor assim!
Então, por favor, tenha a decência. Engula o medo da solidão, encare as situações. Se preencha com o que te faz bem e te completa. Use objetos, pessoas não.


sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Reciprocidade: É isso que faz as coisas darem certo!


Engana-se quem pensa que amam verdadeiramente, sem interesses e expectativas. Não existe amor absoluto, incondicional, livre de expectativas e interesses. Nem mesmo um amor de mãe foge dessa realidade. Quando somos pequenos e nossas mães querem nos dar os melhores estudos e os melhores exemplos, já estão criando expectativas para que sejamos vencedores quando adultos. Em contrapartida, elas apenas querem o retorno de tanta dedicação e investimento em cima de nós. E não há nada de errado nisso, desde que essa cobrança não se torne uma pressão explícita.

E em um relacionamento? Será que é diferente? Não queremos receber o carinho que damos? Não queremos que o parceiro também nos ouça? Não esperamos ter os mesmos gostos? Não desejamos reciprocidade? Não desejamos compartilhar dos mesmos sonhos?

Pense...
Será mesmo que você consegue sustentar uma relação sem precisar de nada em troca? Se doando tanto e recebendo nada?
Acredito que não...

Em tempos em que rotularam uma guerra em que é necessário provar quem é o "mais forte", está cada vez mais difícil manter a reciprocidade, uma vez que, quem procura primeiro, quem demonstra carinho, quem se importa com o outro, quem liga, quem manda mensagem, perde.
Mas ninguém quer só correr atrás, procurar, demonstrar sentimentos. Querem também saber que fazem falta e o quanto são amadas.
Ninguém perde por dar amor...

Dialogue. Diga o que espera. Cada um dá o que é pedido. Mas, se ainda sim não for correspondida e não receber o devido valor e a querida reciprocidade, cabe somente a você decidir se vale a pena ou não viver uma relação unilateral...

Memories


Às vezes me pego pensando nas coisas que poderiam ter sido e não foram. A nossa mente está repleta de momentos, situações, pessoas, de cheiros e até de músicas que nos marcaram, e são essas memórias que convivem conosco em dias nostálgicos e vazios. Lembrar nossas experiências nos deixa vivos. Que graça teria não ter histórias para contar? Lembrar o que vivemos é importante para continuarmos existindo, faz parte da nossa história e, em alguns casos,  também é fundamental para não cometermos um mesmo erro do passado.

A nossa memória é seletiva. Ela nos protege contra o saturamento de imagens,  idéias e pensamentos. As emoções de aversão, tensão e medo,  bloqueiam as janelas das memórias; as emoções felizes e prazerosas, as abrem. E se a nossa memória não fosse seletiva? Simples palavras como "cachorro", "irmão", "medo", nos levariam a acessar milhões de dados gravados referentes a elas, congestionando assim nossa mente.

Mas como nem tudo são flores... nossa mente não arquiva somente os bons momentos! Grande parte das pessoas, em algum momento da vida,  já experimentaram sentimentos como mágoa e rancor. Entretanto, cabe a cada um dar o devido tratamento, pois quanto maior o tempo remoendo estes sentimentos, mais negativo e prejudicial eles se tornam à pessoa.

Cultivemos sentimentos ruins e seremos pessoas amargas e doentes; filtremos pensamentos ruins e cultivemos pensamentos positivos e teremos uma vida serena e mais feliz.

Pratique o desapego com a memória. Jogue fora  lembranças que não lhe deixam caminhar pra frente, que lhe causam mal, que não lhe acrescentam em nada. Você precisa delas para quê? 
Ainda temos muito a viver, muitas folhas em branco a preencher, muitos sonhos a alimentar... Esvazie os pensamentos ruins da mente para que histórias melhores ocupem esse lugar! 

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Expectativa, quem nunca?



Dizem que o melhor é dar um passo de cada vez, viver um dia de cada vez, sem pensar no que virá depois. Bom... na teoria parecia fácil, mas na prática eu vivo quebrando a cara com a tal da expectativa! Expectativa com momentos, trabalhos, e principalmente com pessoas! Frustro-me ao esperar demais delas, ao esperar que elas tenham uma consideração recíproca, e ao fantasiar.

Sim... É incrível como depositamos nos outros a responsabilidade de nos fazerem felizes, de nos agradarem, de nos mimarem, de nos ouvirem. Despejamos sobre eles um ofício, uma ilusão, uma obrigação, de que eles sejam exatamente como imaginamos e quando não acontece como esperávamos, nos decepcionamos.

A vida é tão mais fácil quando não se espera nada de ninguém, não é? Para isso é necessário sermos um pouquinho egoístas, a pensarmos mais em nós mesmos e a não depender de ninguém... muito menos para sermos felizes!

Então vamos lá! Vamos aprender! Vamos começar do zero. Sem expectativas. Sem fantasias. Sem intensidade. Sem esperanças. Sem esperar nada de ninguém. Sem ilusões.
Estou aprendendo aos trancos e barrancos e me esforçando... tenho certeza que daqui pra frente a vida ficará mais fácil e leve!